terça-feira, 13 de abril de 2010

Meu Pai

Hoje acordei particularmente saudosa. O peito chega a doer.
Faz certo tempo que não sentia essa saudade mais intensa do meu Pai.

Quando alguém já partiu há muito tempo, como é o caso dele (faz 29 anos), a saudade se acomoda, fica quietinha dentro do peito, e só aparece mais forte quando algum fato remexe o passado.

Mas mesmo adormecida ela esta lá dentro do peito, pronta pra aflorar a qualquer lembrança que surge. Pois o amor permanece vivo, pulsando dentro do peito.

Hoje acordei assim, sentindo mais sua falta... Então resolvi fazer-lhe um carinho. Estarei postando uma pequena poesia que escrevi um tempo depois de sua partida, quando eu tinha 14 anos.

Perdoe-me a simplicidade das frases e rimas, mas na época, foi uma das formas que encontrei para falar da sua falta. E de certa forma, reforçar o amor que tenho por ele.
Te Amo Pai.

Pai

Ouço ao longe uma canção
Que me fala de você
E me traz a dor da solidão
Pois sem você aqui tudo é triste...
Como dói o coração

Que saudades, meu pai
De seu riso amigo
De seu olhar compreensivo
De sentir que estás comigo

Que vontade de ouvir agora
Uma daquelas suas histórias
De caçadas e pescarias
Ah! Como eu ria quando as ouvia

Muitas coisas que você dizia
Eu não entendia
Mas agora compreendo
Pois estou sentindo e vendo
Que em nossa vida
A dor é doida,
A felicidade sentida
E a morte morrida.

(Poesia escrita em 29/11/83, dois anos depois da morte de meu pai. No momento que escrevi, ouvia a música “Pai” do Fábio Jr.)

3 comentários:

  1. Olá Clarice,muito obrigada pelo comentário e pela visitinha,amei esse belo poema ao teu pai,minha mãe partiu ainda não fez dois anos,por isso criei o meu blog,para fugir a uma depressão que me estava a rondar,se fores ao meu blog ás etiquetas (início do blog)verás.
    Um grande beijinho...Miuíka

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  2. Deve ser uma dor enorme. Tenho a certeza que UM DIA o vais encontrar de novo...

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  3. ESpeCiaLmente GaSPaS, Obrigada pelo comentario.
    Também acredito que um dia o reencontrarei.
    Beijos, Clarice.

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