Dia de Faxina

Devo confessar que não sou muito dada a grandes faxinas... Não que minha casa seja um chiqueiro de porcos, claro que não, pois mesmo não gostando muito de ficar limpando e limpando... não deixo que a sujeita se acumule.

Assim, minha aversão a sujeira é providencial, pois não me deixa relaxar e ignorar a lida diária. Mas isso não impede que eu faça as tarefas com certa rebeldia. Sempre acho que poderia estar fazendo algo mais interessante ou produtivo, embora tenha consciência de sua necessidade.

Gostaria de ter uma fada madrinha que num gesto de bondade movesse sua varinha deixando meu lar limpo, organizado, impecável. Possibilitando assim que eu utilizasse meu tempo em outras coisas.

Uma secretária do lar também resolveria, mas no momento não me é possível contratar uma. E também não sei se gostaria de alguém mexendo nas minhas coisas, tirando tudo do lugar. Que contradição cruel... se correr o bicho pega se ficar o bicho come.

Sendo assim, a idéia da fada madrinha ainda é a melhor. Alguém sabe como entrar em contato com elas?

Bem, mas já que os afazeres são realmente necessários, comecei estabelecer “rituais” que ajudam transformar tarefas enfadonhas em algo relativamente agradável. Passarei agora três dicas que venho utilizando, talvez possam ser úteis para mais alguém.

O primeiro ritual é a trilha sonora. Coloque sempre música na hora da limpeza. Músicas alegres, de sua preferência. Melhor ainda se forem músicas que vocês gostem de cantar junto.

Segundo, observe antes o trabalho a ser feito. Estabeleça na sua mente uma ordem de atitudes, pois a organização ajuda para que não percamos tempo.

Uma tarefa pode durar 30 minutos ou 2 horas depende de como esquematizarmos as nossas ações.

Terceiro, por mais resistência que tenhamos a faxina, procuremos sentir “prazer”. Notem a energia das coisas sendo limpas. Energia de limpeza é pura, é boa, assim quando colocamos nossa atenção na transformação do sujo para o limpo, estamos ao mesmo tempo limpando nossas próprias energias.

E além do mais, é delicioso perceber o brilho e o cheiro de limpeza que invade o ambiente após nossa atuação como “entidade limpadora”.

Viram como dá pra serem mais amenos os dias de faxina. Não quero convencer aqueles, que assim como eu, não nasceram pra serem donas de casas de que a faxina passará ser um momento de lazer, mas pelo menos perceberemos sua importância além do material e óbvio, transcendendo sua função para aspectos energéticos e assim entenderemos que podemos através destes atos corriqueiros contribuir para a harmonização de nosso Lar.

E quem não deseja uma casa repleta de Luz, Boas Energias, uma casa verdadeiramente aconchegante e acolhedora.

Lar Doce Lar para Todos!