Muitas vezes quando alguém nos relata um problema ou uma fase difícil que esta vivendo, para desabafar ou até mesmo esperando uma palavra amiga que ajude, ao terminar de ouvir quase sempre nos vem na mente algo para sugerir a pessoa.
Então mencionamos nossa idéia... Fulano, por que você não faz assim... Por que não decide por tal coisa... Por que não deixa pra lá... Por que não busca ajuda profissional... enfim damos nossa opinião, e observamos sua reação.
Quase sempre a pessoa diz que tem consciência de que precisa fazer o que estamos sugerindo, mas não faz, ou quando a idéia surge como novidade, muitas vezes é aceita até com entusiasmo, mas depois de algum tempo é descartada por comodismo.
Por que isso ocorre? Porque dá trabalho. Exige disciplina. Comprometimento consigo mesmo. Amor Próprio.
E infelizmente as pessoas não entenderam ainda que nasceram pra serem felizes e que podem e devem lutar para alcançar a felicidade.
Só que para isso, muitas vezes é necessário rever vários conceitos pessoais, modificar padrões de pensamento, mudar o modo de agir, enfim se reformar.
E assim como a reforma de uma casa, a reforma intima da muito trabalho, é necessário destruir muita coisa, para construir algo novo no lugar, e isso significa mexer em coisas velhas, podres e esquecidas.
É como uma ferida, cicatrizada por fora, mas com pus por dentro, é necessário tirar a casca, expurgar, limpar o ferimento, para que se cure de verdade.
Esse processo de expurgo não precisa necessariamente ser muito doloroso, tudo depende do que nos propusermos fazer.
Muitas vezes nos perdoar e perdoar as pessoas envolvidas, já faz todo o trabalho de limpeza, abrindo espaço para novas construções.
Contudo, mesmo os casos que exijam um pouco mais de empenho e sejam mais dolorosos, mesmo estes devem ser olhados de frente e enfrentados com coragem, pois com certeza o resultado será sempre compensador.
Não há nada pior que tentarmos navegar pelo mar da vida e percebermos que há uma ancora estendida nos fazendo ficar estagnados no mesmo local, sofrendo as desventuras de não termos mais provisões que nos alimentem a alma.
Mas para seguirmos adiante por esse mar abundante, e assim nos nutrirmos de sua fartura é necessário arregaçarmos as mangas e tiramos todo e qualquer sentimento, crença e atitude que esteja servindo de ancora.
Não tenhamos medo ou preguiça de fazer este trabalho de reforma, pois o resultado sempre vale a pena, mesmo quando de imediato não alcançamos o que queremos, só o fato de estarmos a caminho já nos enche a alma de esperança e convicção de um futuro melhor.
Boa Reforma!